quarta-feira, 24 de março de 2010

“A SÁBIA NATUREZA DA VIDA”

Nuvens carregadas passeiam apressadamente pelo céu,

Derramam lágrimas na torrencial tempestade,

Árvores, flores sedentas se embebedam com o mel,

A brisa matinal anuncia a serenidade.

Aclamada paisagem, timidamente o sol a sorrir,

A natureza a encenar suas incontáveis facetas,

Nas entranhas das montanhas, o arco-íris a reluzir,

A vida é constituída pelo som das trombetas.

Livre arbítrio no ser para edificar nosso viver:

Promover na natureza, queimadas, devastações,

Lançar toxinas na água, poluir o alimento do nosso sobreviver,

Amar a fauna, acariciar a flora em nossos corações.

A vida riqueza natural imensurável a explorar,

Uma folha ao léu, do azul celestial a vagarosamente cair,

Caprichosamente pelo destino, em nossas mãos unidas, a repousar,

Esta vida com um leve sopro, pelos vãos dos nossos dedos, pode repentinamente se esvair.

Despertar com a Natureza

Quando o Sol começa a aproximar-se do horizonte, e a emitir a sua claridade tímida e difusa, o véu entre os mundos é ténue, e as fadas e duendes fazem uma festa, concedendo aos seres humanos mais especiais o privilégio de os verem.

Nesse momento mágico, em que os primeiros raios de Sol começam a despontar, toda a Mãe-Natureza desperta para o milagre do novo dia que começa.

As flores abrem as suas pétalas coloridas, oferecendo o seu pólen aos insectos.

As folhas verdes e viçosas gotejam o orvalho da manhã, o alimento das fadas.

Os pássaros esticam gentilmente as asas, alisam as penas, e começam a chilrear baixinho, num burburinho suave, que pressagia um dia cheio de boas novidades.

E as pessoas?
Bem, com excepção das que se levantam antes do nascer do Sol, quase ninguém dá por nada.

Dizia John Lennon que "o Sol todas as manhãs faz um lindo espectáculo e, no entanto, a maioria da plateia ainda dorme".

Geralmente, as pessoas fecham os estores e as cortinas todas as noites.

E, quando se levantam, precisam de acender o candeeiro, para ver o caminho até à porta do quarto.

Isolam-se e afastam-se do estado natural, deixando que a tecnologia domine as suas vidas.

Eu gosto de dormir de persianas levantadas. Gosto que os primeiros raios de Sol venham tocar no meu rosto como uma mão divina e silenciosa que me acaricia e desperta suavemente.

E sinto-me, em pleno, um ser integrante da Natureza que todos os dias desperta magicamente, em conjunto com as flores, as árvores, os pássaros...

Quando a claridade do Sol atravessa as minhas pálpebras fechadas, sinto-me regenerada e em estado de graça.

E é assim que me sinto hoje.
Quem desejar partilhar desta sensação, é simples: esta noite, deixe as persianas para cima!